terça-feira, 25 de setembro de 2007

Arsênico Letal


Eu, ser plenamente vencido
Pela sociedade abastada e avarenta,
Vivo pelos becos escondido,

Não mais tendo a proteção da placenta.

Sou um corpo emurchecido
E uma massa encefálica degenerada.
Aquele serve ao espírito como abrigo

E esse à alma por morada.

A sorte - um felino finado; E os vícios...
A incontrolável delinqüência,
Deixam na epiderme indícios

Que desmentem a minha falsa aparência.


Um lutulento lupanar é o caminho
Percorrido pelo meu cadáver convulso.

Como um estranho pássaro no ninho
Constantemente me auto-expulso.


Potencialíssimo esquizofrênico:
Quero das turbas me afastar;

Propenso a ingerir arsênico:

Posso isolado, lentamente finar.


-|- Leo Rosário -|-


De todo carinho, respeito e admiração, meu muitíssimo obrigado.
Bibian.

Um comentário:

Unknown disse...

;p
vc merece vc sab ne? ;x