quarta-feira, 25 de julho de 2007

Do pó ao pó


Peço a ti, que é o fim e o começo.

Que é a dor, a lágrima e a saudade.

Peço a ti, que é o mistério que desconheço,

Trazer de volta meus tempos, sem vaidade.

Clamo ao sono, que leva à eternidade.

Que não distingue preto de branco.

Clamo ao sono, venha sem piedade.

Sangre-me, que mesmo com dor eu estanco!

Imploro, leve-me ao sem fim.

Pois só lá esqueço minha dor.

Minha morada é dentro de mim.

Imploro, estenda sua mão fria.

Em direção àquela bela flor.

E arranque-a com inigualável maestria.



Rafael Loiola