terça-feira, 26 de junho de 2007

Cotidiano


Boa noite.

Ligo o monitor, meus olhos estão embassados...espero que melhore até o final desse texto.
Acordar no fim da manhã, sem dar tempo de almoçar decentemente, prefiro tomar um copo de suco de uva. Muito mais doce do que meu organismo esperva ou desejava. Banho frio, pra dispertar. Enquanto lavo o rosto, o celular toca até "o outro" cansar e desistir. Um bip; ele (seja lá quem for) resolveu deixar uma menssagem. Alguém me pedindo ajuda.
Dou uma passada pela cozinha, minha mãe me diz "boa tarde" e vai descarregando a lista de tarefas do dia. Eu saio institivamente, ja conheço todas as suas falas desde sempre. Volto ao meu quarto, agora sim, sento-me diante a uma tela fria, checo e-mails, notícias. Tudo continua como eu havia deixado na madrugada anterior. Até que um assunto na minha caixa postal me chama atenção. Um e-mail contendo vários endereços postais para enviar curriculum. Sim, eu estou procurando emprego. Seleciono algumas empresas do meu interesse, salvo todo o conteúdo, me cadastro em alguns serviços de RH online. Chega, minha cabeça não pára de pensar. Mas em que? Ou em quem? Nele...Não aquele que me ligou mais cedo, mas aquele em que eu tenho passado horas no messenger trocando opniões e até um pouco de charme, pedindo aos Deuses para que ele note logo meu interesse.
Vou ler um livro, antes, preciso colocar uma foto nova no fotolog. Falar mais sobre minha ida ao interior no feriado. Responder a menssagem que recebi no celular, via orkut. E nesse exato momento, eu me dou conta de como as coisas tem ficado cada vez mais virtuais, frias e distantes. Eu poderia ter retornado aquela ligação, já que a pessoa estava mesmo precisando de mim. mas não hoje, não acordei disposta a ninguém, além de mim mesma.
Dois capítulos do livro é suficiente para quem ja está no meio da tarde, sem produzir nada e com uma fome insistente que me faz perder a atenção dos fatos narrados no romance. Mais uma saída do quarto, até a cozinha. nada na geladeira, além de sobras do almoço (que não me apatecem - adoro essa palavra)e coca-cola. Vamos la, no armário um salgadinho com aspecto de isopor, aenas pra enganar o estômago, esse foi meu almoço.
Volto ao livro, mas ja não me entusiasma mas. Termino aquele capítulo e marco a página com um pedaço de papel. Volto ao computador. Nenhuma menssagem nova, nenhum recado, além dos comentários em minha foto, a que estou com tres amigos, segurando copinhos de pinga. Trivial...O jeito é assistir um filme.
No começo, o idioma alemão é insuportável, pra quem ja se acostumou com inglês e francês. Mas nada que uma boa trama e uma fotografia curiosa de "Adeus Lennin!", não faça deixar isso em terceiro plano. Sinto a noite chegar, com um pouco de frio nos pés. Fim de filme, mais uma coca-cola. Agora sento-me aqui e espero que eu ainda possa ser salva, como ja diria um outro longa metragem "antes que termine o dia".
Em pensar que ontem, havia combinado de sair, ver alguns amigos, beber um pouco, jogar conversa fora...hoje não foi nada agradável. Um dia absolutamente vazio e comigo mesma.

Meus olhos continuam embassados como no início do texto, e agora...(pausa)...tomei o ultimo gole da minha coca-cola. Queria além de um cigarro, ter alguém aqui comigo.




º° Bibian °º

3 comentários:

Anônimo disse...

Ai meu Deus....essa minha amiga cada vez mais poeta e inspirada!!!
Passa um poukinho só dessa inspiração pra mim xará???
Heheheheheh!!!!


Beijosssss!!!!!

Anônimo disse...

Encontrei-me neste texto....adeus lennin é fantástico.....que bom que existem pessoas assim, sesiveis.

Anônimo disse...

Nossa, fiquei maravilhada com o texto. Conseguiu expor toda sua inspiração e passar para o leitor todos os sentimentos possíveis que só um texto bem escrito consegue!! "Palavras não traduzem sentimentos mas representam o que queremos expressar!..."

Parabéns...muito lindo!!!

Beijos!!